O Tratamento Compulsório de dependência química é uma medida em que uma autoridade judiciária, após analisar um laudo médico, decreta a necessidade de internação de um dependente químico. Frequentemente, as pessoas confundem a internação compulsória com a internação involuntária, pois ambas envolvem a internação de um paciente contra sua vontade. No entanto, existem diferenças importantes entre essas duas abordagens.
Na internação involuntária, o paciente não concorda com a internação, mas a família autoriza a clínica a realizá-la. Por outro lado, na internação compulsória, o dependente químico também é internado contra sua vontade, mas a autorização é concedida por um juiz magistrado, independentemente da autorização da família.
Existe uma justificativa legal para internação compulsória?
A questão que surge é se a internação compulsória é justificada. Como é possível que alguém seja internado sem seu consentimento, e pior, sem o consentimento de sua família? Essa abordagem pode parecer semelhante a capturar um animal selvagem perigoso ou prender um criminoso, à primeira vista.
No entanto, o tratamento compulsório de dependência química em uma clínica que lida com casos de dependência química, ou mesmo a internação involuntária, pode ser motivo de debate. Idealmente, a internação voluntária, em que o dependente escolhe buscar tratamento por conta própria, é a opção mais desejável. Infelizmente, em muitos casos, o vício atinge um estágio em que o dependente perde a capacidade de discernir entre o que é certo e errado, tanto para si mesmo quanto para os outros.
Adaptação
Considere o exemplo de uma criança pequena que enfrenta seu primeiro dia na escola. Essa criança está acostumada com o conforto de sua casa, seus pais, irmãos e entes queridos. De repente, ela se vê “obrigada” a sair de sua zona de conforto para ficar com outras crianças que ela não conhece, durante o que pode parecer uma eternidade em sua mente.
É provável que, ao chegar à escola, a primeira reação da criança seja chorar e resistir à ideia de ficar lá. No começo, essa criança certamente sofrerá. O tempo que levará para se adaptar à nova rotina depende em grande parte do apoio da família e dos funcionários da escola.
Agora, imagine o que aconteceria se essa criança nunca frequentasse a escola, chegando à vida adulta sem as experiências e conhecimentos adquiridos nesse ambiente de aprendizado e socialização.
É importante perceber que, a princípio, o desconforto inicial da criança ao ir para a escola era um “mal necessário” para seu desenvolvimento.
Ou seja, o mesmo princípio se aplica a um dependente químico e à internação compulsória. Inicialmente, ele pode resistir ao tratamento, recusando-se a aceitá-lo. No entanto, em última análise, essas medidas são tomadas em benefício do próprio paciente, pois, em muitos casos, é uma questão de vida ou morte.
Situações críticas
Em outros casos, o dependente químico pode não representar apenas uma ameaça para si mesmo, mas também para outras pessoas, tornando-se agressivo e, em alguns casos, envolvendo-se em atividades criminosas.
É nessas situações que o tratamento Compulsório de dependência química se torna uma medida necessária. A clínica assume a responsabilidade de cuidar do paciente com dedicação máxima, enquanto também auxilia os familiares a superar os males causados pelas drogas.
Então, se você está em busca de ajuda para lidar com um problema relacionado ao alcoolismo ou à dependência química em geral, não hesite em entrar em contato com o Grupo Ressignificando Vidas. Estamos aqui para atender às necessidades daqueles que buscam uma saída desse ciclo destrutivo e estamos prontos para ajudar.